Suspeito de matar criança de 11 anos com golpes de foice na cidade de Feira de Santana é assassinado em Salvador
A Polícia Civil de Salvador, através de exames de perícia técnica confirmou nesta sexta-feira (23), que o homem que foi encontrado morto por volta do meio dia de ontem (22) no bairro de Pernambués em Salvador, é Adriano Sales da Silva, de 20 anos, acusado de assassinar o garoto Kaíque Soares Queiroz, de 11 anos, na localidade de Água Grande, distrito de Maria Quitéria em Feira de Santana.
Kaíque foi morto com golpes de foice na cabeça durante um assalto. Adriano levou o celular e a carteira com a quantia de R$300 e fugiu em seguida. O crime teve grande repercussão no estado e causou muita comoção e tristeza na população.
O coordenador regional de polícia, o delegado Roberto Leal, disse ao Acorda Cidade que os exames do Instituto Nina Rodrigues (Departamento de Polícia Técnica), confirmaram a identidade de Adriano, assim como parentes dele também fizeram o reconhecimento do seu corpo. De acordo com ele, Adriano foi assassinado por homens envolvidos com o tráfico de drogas em Pernambués.
“Ontem, provavelmente por volta das 12h, indivíduos envolvidos com o tráfico de entorpecentes na localidade identificaram Adriano. Ele inicialmente teria dito que foi ao local para comprar drogas. Só que os homens acabaram desconfiando porque tinha sido publicada uma foto dele em redes sociais. Eles aí fotografaram Adriano ainda com vida e já contido. Difundiram as fotos e após receberem a confirmação que teria sido ele o autor da morte de Kaíque, o executaram com tiros de arma de fogo pela região da cabeça”, afirmou.
Roberto Leal relatou que a apuração da Polícia Civil de Feira de Santana é em relação a morte de Kaíque e o processo será arquivado porque o autor morreu. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Salvador ficará responsável pelas investigações que buscarão os autores do homicídio de Adriano.
Ele frisou que infelizmente a polícia não conseguiu alcançar o acusado e disse que crimes como o do garoto Kaíque são uma oportunidade para a população discutir sobre a legislação brasileira.
“Percebemos a comoção de toda a comunidade em relação a isso e infelizmente o desfecho não foi aquele que a gente esperava. Achamos que o crime não resolve o crime de forma nenhuma. A polícia deveria ter conseguido alcançá-lo, mas infelizmente ocorrem esses fatos. Isso traz reflexões sobre a violência para que a comunidade discuta futuramente a legislação com relação a esses benefícios que são concedidos aos presos. Adriano teve um desses benefícios e isso não é culpa do judiciário, não é culpa da polícia, do Ministério Público (MP). Nós precisamos rever a nossa legislação. É importante rever a legislação em relação ao cumprimento de prisão”, finalizou.