O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) rejeitou pedidos de prisão preventiva e de buscas e apreensões contra os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira, suspeitos de participação no caso conhecido como “Golpe do PIX”, envolvendo o programa Balanço Geral da Rede Record no estado.
As medidas foram solicitadas em pedidos assinados pelo promotor do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Luciano Rocha Santana, e rejeitadas pelo juiz Eduardo Afonso Maia Caricchio, da 9ª Vara Criminal da Comarca de Salvador. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (20), pelo jornal Correio.
Os jornalistas, além do amigo de infância de um deles, foram indiciados pela Polícia Civil em junho deste ano pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. À época, o titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber), delegado Charles Leão, afirmou que não era necessária a solicitação de prisão preventiva naquele momento.
Ainda segundo apuração do Correio, fontes que trabalharam na investigação do caso relataram que o MP-BA já se prepara para recorrer da decisão do juiz Eduardo Afonso, na tentativa de efetivar as prisões de Marcelo Castro e Jamerson Oliveira, com base em uma série de indícios coletados que comprovariam a participação de ambos no caso.
Marcelo Castro e Jamerson Oliveira eram, respectivamente, repórter e editor-chefe do programa Balanço Geral quando começaram a ser investigados, em março deste ano, como mentores de um esquema de fraude por meio de doações via PIX que seriam para pessoas em situações de vulnerabilidade social.