Economia

Dólar sobe para R$ 5,30 depois de ato extremista de direita

O dólar comercial atingiu a máxima de R$ 5,30 na manhã desta 2ª feira (9.jan.2023) depois de atos de extremistas de direita. Manifestantes invadiram o Congresso, Palácio do Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal) no domingo (8.jan.2023).

Às 9h40, a moeda dos Estados Unidos subia 0,54%, a R$ 5,27.

A cotação do dólar estava em queda em outros países. O DXY –índice que compara o valor do dólar com as mais variadas moedas de outros países– cai 0,32% nesta 2ª feira (9.jan). Ou seja, enquanto o real se desvaloriza em relação à moeda dos EUA, o dólar fica mais fraco em comparação com outras moedas.

O movimento se deve porque o Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) pode desacelerar o ritmo de alta dos juros, o que beneficia as economias dos países emergentes.

No entanto, o mercado financeiro reage ao aumento da tensão política em Brasília. Os atos que defendem pautas antidemocráticas resultaram na destruição dos principais prédios da Praça dos Três Poderes.

O mercado demonstra, desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma preocupação com os desafios fiscais e econômicos, com a expansão de gastos e sinalizações de maior intervencionismo estatal na economia.

Os investidores avaliam que agora também há um agravamento das incertezas políticas e institucionais. Passaram a incorporar no cenário de riscos um início de governo mais tenso do que era esperado para o mandato de Lula. Até agora, a sequência de eventos pós-eleições era, em certa medida, mais benigna do que o esperado pelos agentes econômicos, que temiam uma ruptura institucional com as eleições polarizadas.

Era esperada inclusive a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na entrega de faixa presidencial a Lula. Mas o aumento do extremismo nas ruas fez com que investidores operassem com maior cautela nesta 2ª feira (9.dez).

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