Alessandro Moretti, diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi demitido na última terça-feira (30) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um dia após a Polícia Federal revelar um esquema de espionagem paralela que ocorria no órgão.
Apesar de não haver comprovação do envolvimento de Moretti no escândalo de espionagem, ele era visto como ligado ao governo anterior, comandado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), logo a situação teria ficado insustentável depois da operação que revelou o esquema.
Segundo a PF, a gestão atual da Abin, que está sob a autoridade do ministro Rui Costa (PT), da Casa Civil, teria atingido e até dificultado as investigações acerca de membros do governo Bolsonaro. Ainda de acordo com a investigação, é possível a existência de um esquema entre a presente direção do órgão e a diretoria anterior.
Lula nomeou o cientista político Marco Aurélio Cepik, até então comandante da Escola de Inteligência da Abin, para o lugar de Alessandro Moretti.